Por uma nova crítica cultural, com nuances, afiada, mas ainda tendo como base a compaixão e a empatia (e tudo bem um pouco de deslumbre pra combater o cinismo reinante).
Texto maravilhoso! Acredito que todos somos assim quando somos crianças e vamos perdendo o deslumbramento com o passar do tempo. Hoje, me vejo como uma pessoa que se limitou muito para caber no mundo dos outros, e estou lutando para reencontrar o meu olhar infantil, que ficava maravilhada com o mundo.
Outro dia fiz uma "mágica" para minha prima, ela tem uns 8 anos, e ela ficou tão encantada com um truque simples que contou para todos os amiguinhos dela que eu era uma "bruxa boa" e fiquei pensando como seria bom sentir isso que ela sentiu.
Eu tento pensar assim também, pois creio que se virarmos críticas de tudo ficamos amarguradas, então me permito deslumbrar com as coisas, gosto de passar na padaria só pra ver os doces ou na rua mais arborizada perto do meu trabalho pra ver a calçada cheia de flores quando tive um dia difícil, enfim
Quando eu tinha uns 13 anos, comecei a ler de forma mais assídua. Poesia e Clarice para mim eram tudo, (ainda são, claro), junto com as poesias que eu escrevia todos os dias. Eu via tudo com uma visão tão deslumbrada e poética. Eu era tão sensível e vulnerável... eu era tão dolorida. Eu era como a personagem do conto da Clarice, "Perdoando Deus". Eu sentia o mundo em mim, o mundo era eu. Talvez o fato de que eu era uma criança e estava vivendo algumas primeiras vezes várias vezes contribuísse para que isso acontecesse... E de vez em quando eu me pergunto se algum dia eu voltarei a sentir aqueles sentimentos de novo. Eram coisas tão elevadas, etéreas, tão místicas! Me sentia febril. Ainda me sinto admirada e apaixonada pelas coisas, mas não com aquela mesma intensidade. Parece que crescer faz você perder a essência. Eu não quero perder minha essência, por isso me esforço para me sentir viva (porque é isso que você sente quando está deslumbrada com algo ou alguém te faz sentir). É uma das coisas que mais me obrigo a fazer. Apesar de que eu acho que isso não seja algo pra ser forçado... mas às vezes precisamos dessa falsa satisfação e motivação.
Que texto! Olhar a vida, as pessoas, as artes, tudo, com mais leveza. Me empenho nessa tarefa, pois é mais fácil pegar o caminho da acidez no olhar para o mundo. O que me deslumbra? Achar detalhes bonitos nas pessoas.
Texto maravilhoso! Acredito que todos somos assim quando somos crianças e vamos perdendo o deslumbramento com o passar do tempo. Hoje, me vejo como uma pessoa que se limitou muito para caber no mundo dos outros, e estou lutando para reencontrar o meu olhar infantil, que ficava maravilhada com o mundo.
Outro dia fiz uma "mágica" para minha prima, ela tem uns 8 anos, e ela ficou tão encantada com um truque simples que contou para todos os amiguinhos dela que eu era uma "bruxa boa" e fiquei pensando como seria bom sentir isso que ela sentiu.
Eu tento pensar assim também, pois creio que se virarmos críticas de tudo ficamos amarguradas, então me permito deslumbrar com as coisas, gosto de passar na padaria só pra ver os doces ou na rua mais arborizada perto do meu trabalho pra ver a calçada cheia de flores quando tive um dia difícil, enfim
Quando eu tinha uns 13 anos, comecei a ler de forma mais assídua. Poesia e Clarice para mim eram tudo, (ainda são, claro), junto com as poesias que eu escrevia todos os dias. Eu via tudo com uma visão tão deslumbrada e poética. Eu era tão sensível e vulnerável... eu era tão dolorida. Eu era como a personagem do conto da Clarice, "Perdoando Deus". Eu sentia o mundo em mim, o mundo era eu. Talvez o fato de que eu era uma criança e estava vivendo algumas primeiras vezes várias vezes contribuísse para que isso acontecesse... E de vez em quando eu me pergunto se algum dia eu voltarei a sentir aqueles sentimentos de novo. Eram coisas tão elevadas, etéreas, tão místicas! Me sentia febril. Ainda me sinto admirada e apaixonada pelas coisas, mas não com aquela mesma intensidade. Parece que crescer faz você perder a essência. Eu não quero perder minha essência, por isso me esforço para me sentir viva (porque é isso que você sente quando está deslumbrada com algo ou alguém te faz sentir). É uma das coisas que mais me obrigo a fazer. Apesar de que eu acho que isso não seja algo pra ser forçado... mas às vezes precisamos dessa falsa satisfação e motivação.
Que texto! Olhar a vida, as pessoas, as artes, tudo, com mais leveza. Me empenho nessa tarefa, pois é mais fácil pegar o caminho da acidez no olhar para o mundo. O que me deslumbra? Achar detalhes bonitos nas pessoas.
Amei o texto, o que me deixa deslumbrada são mulheres realizando funções consideradas como "masculinas" com maestria 😍