1) Via Ápia, de Geovani Martins: a ficção que deveria ter ganhado o Jabuti (na minha humilde opinião) conta sobre momento em 2011 quando a UPP chega à Rocinha. Acompanhando cinco personagens, em dois núcleos diferentes, que têm a vida atravessada pela presença policial, a história nos emociona, nos comove e nos traz muita raiva também. Quando cheguei na última página chorei tanto que fui correndo ler o trecho para minha mãe, para chorarmos juntas. (Tenho vídeos de provas.)
2) Amanhã, amanhã, e ainda outro amanhã, de Gabrielle Zevin: o livro que inspirou esse texto fala sobre muitos tipos de amor. Família, amizade, romance, mas também aquele amor pela vida que vem de quando seguimos o que faz um sentido profundo dentro de nós, conectado a partes do nosso ser que nem sempre entendemos de forma consciente. Belo, doce, forte, cheio de metáforas bem feitas, com personagens que a gente ama, sente raiva, quer sacudir, quer abraçar. Ainda sinto saudades dessa leitura, desse universo e desses sentimentos. (Puro quentinho no coração.)
3) Quando deixamos de entender o mundo, de Benjamín Labatut: se você gosta de física e matemática, esse livro é para você. Se você não gosta, também. Contando a história de gênios que mudaram o rumo do mundo como se fosse uma ficção de alta qualidade, as quatro histórias falam dos limites do conhecimento, da criatividade científica, e de como tudo é interconectado. A narrativa literária, que não é cronológica e nem linear, explora o espectro entre loucura e genialidade - e não dá para parar de ler até terminar.
4) Show da Taylor Swift: que espetáculo (e fazer as pulseirinhas, gostoso demais). De forma nada surpreendente, fiquei entre os 2% que mais ouviram a artista em 2023 - e escrevi sobre minha trajetória com ela no texto homens falam mal de Taylor Swift para mim.
5) Vonau: obrigada por tudo, as gatas enjoadinhas não vivem sem você.
6) A&W, da Lana Del Rey: uma obra-prima e quem discorda do quanto essa música é incrível por favor não fale nada e cale-se para sempre!!!!! Did You Know That There's a Tunnel Under Ocean Blvd não é nenhum Norman Fucking Rockwell ou Ultraviolence, mas é muito bem-vindo depois de Blue Banisters. Sim, eu escuto e amo outros estilos musicais - inclusive esse álbum não estaria em primeiro lugar na minha lista crítica de “melhores álbuns do ano”, que incluiria SZA, boygenius, Sufjan Stevens, Arlo Parks, The National, Amaarae, Caroline Polachek - mas essa lista aqui é sobre o que mais amei e o que mais amo sempre é arte de mulher triste e maluca.
7) Teclado bluetooth para escrever em qualquer lugar usando o celular como tela: sim, a tela é pequena, mas escrevi na beira da praia de Garopaba (luxo demais).
8) A série Império da dor, da Netflix: baseada nessa matéria da New Yorker, fala sobre a família Sackler e o desenvolvimento do medicamento OxyContin. O que impressiona é a selvageria por trás do laboratório Purdue e suas manipulações nos âmbitos legais, médicos e publicitários, até que se tornasse um dos grandes responsáveis pela crise dos opióides nos Estados Unidos.
9) Ballet core: se é brega, então serei brega. Se é cafona, então serei cafona. Nas sapatilhas, eu confio. E sim, ouvi falar que algumas bailarinas são contra, mas eu sempre quis ser bailarina e esse é o mais perto que eu chegarei. (Nota materna: aparentemente fui colocada no ballet e pedi pra sair. Aparentemente também me foi oferecida a oportunidade de voltar e repetidamente neguei. Não há provas das alegações.)
10) Meu Substack favorito: The Intrinsic Perspective, do Erik Hoel, é sobre as barreiras disciplinares entre ciência, história, literatura e comentário cultural. Destaque para a série sobre monitoria aristocrática e sua relação com a produção de gênios: por que deixamos de criar Einsteins, objeções à importância da monitoria aristocrática e como gênios eram educados. Menção honrosa ao texto sobre a falácia dos QIs estratosféricos.
11) A música Superficialidade, da Lourandes com produção do Ecoz: apresentei os dois apenas porque queria essa música pronta. Um ano depois realizei meu sonho.
12) Bom dia, Obvious: meus episódios favoritos foram seu trauma não te define, com Ediane Ribeiro, comer: com ou sem emoção, com Desiré Coelho, e sofrendo por estar sofrendo, com Maria Clara Silveira.
13) Marvelous Mrs. Maisel, do Prime Video: top séries da minha vida, em uma das melhores temporadas de todas.
14) Daisy Jones and the Six, do Prime Video: fiquei viciada e vi duas vezes em um único mês.
15) A diplomata, da Netflix: fiquei viciada e também vi duas vezes em um único mês.
16) The last of us, da HBO: to vendo pela segunda vez no mesmo ano. Nota-se que gosto de rever coisas.
17) Alex Cooper e seu Call Her Daddy: destaque para o absurdo episódio com Gwyneth Paltrow e para a Paris Hilton sendo a convidada perfeita.
18) Roupas de linho: lentamente estou transformando meu guarda-roupas com o objetivo de priorizar tramas naturais e esse tecido é certamente o da vez. (Me indiquem marcas no Instagram!)
19) Ver minha melhor amiga Amanda em São Paulo.
20) Sair três vezes no último semestre com minha melhor amiga Marina em Porto Alegre (e foi a única pessoa com quem saí por aqui, provas incontestáveis de que realmente não saio de casa).
21) Escândalo íntimo, da Luisa Sonza: tem número e ainda é artista.
22) Um mês em Garopaba com o menino que eu gosto.
23) Os comentários que recebo - aqui e nas outras redes. Aproveita e me indica coisas que você amou!!!!!
descobri um blog chamado grain of salt e amei achei sua cara tbm
vc conhece?
Amei essa lista!